"Só trememos por nós mesmos ou por aqueles que amamos"
Marcel Proust.
Sim, meus olhos estiveram estáticos, quando olhei pra nós e vi a possibilidade de nos perdermos, e desta vez não nos perderíamos nos braços um do outro, pois não havia poetismo naquele instante, apenas o medo nos rodeava...
E quanto tempo foi-me necessário para perceber que nesse mundo congelado pela dor de angustias e decepção, milhões de pessoas são entregues ao medo e a duvida de jogarem-se nos braços da vida e do amor que a mesma pode nos proporcionar.
Amar alguém... Parece-nos difícil as vezes (ou seria o mais difícil admitir que se ama...?)
O quão comum tornou-se trancarmos-nos dentro de nossas feridas antes mesmo de cura-las e fecharmos as portas para desfrutarmos de novas e possíveis alegrias...
Quando dominados pelo medo, preferimos julgar a vida pelas experiências mal-resolvidas que tivemos, deixando de "cutucar" nossas feridas para que estas não se abram ainda mais e perdendo assim a oportunidade de quem sabe sara-las...
"Esquivando-se do sofrimento nos desviamos também da felicidade" dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade.
Disso eu já não temo: Arriscar! Por isso, "Eu me jogo na vida" de forma verdadeira e intensa; o medo nos é necessário e até natural, mas não quando nos domina...
Já me tranquei dentro de mim e senti muito frio, mas hoje, meu papel é abraçar, ouvir, compreender, confortar e ajudar aos que hoje sentem-se como eu me senti: "Com frio..."
P.S.: Se joga na vida...!
lindo texto... parece que tira de dentro da gente!
ResponderExcluirSaudades de tu visse
;D