Retorno.
Somente depois de ter andado por terras estranhas
É que pude reconhecer a beleza de minha morada.
A ausência mensura o tamanho do local perdido
Evidência o que antes estava oculto,
por força do costume.
Olhei minha mãe como se fosse a primeira vez.
Olhei com se eu voltasse a ser criança pequena
A descobrir-lhe as feições tão maternas.
Abri o portão principal como quem abria
Um cofrre que resguardava valores incomensuravéis.
As vozes de todos os dias estavam reinauguradas.
Deitei-me no colo de minha mãe como se quisesse
Realizar a proeza de ser gerado de novo.
Suas mãos sobre os meus cabelos
pareciam devolver-me
A mim mesmo.
Mãos com poder de sutura existencial...
Era como se o gesto possuísse voz,
capaz de me dizer:
Dorme meu filho, porque enquanto você dormir
Eu lhe farei de novo.
Dorme meu filho, dorme...
* Poema extraido do livro: Quem me roubou de mim? de Fabio de Melo.
Thanks Mommy!
ResponderExcluirQue lindo post maninho
ResponderExcluirÉ lindo o amor de filho pra mãe
Que Deus possa iluminar vossas vidas
E que sempre, sempre Ele possa protegê-los de qualquer mal
A hug!