QueM Sou eu

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Irreverente e dominado pelo desejo de realizar mudanças em mim e em tudo e todos a minha volta; um pouco de louco, um pouco de santo, altruista e insano; um poeta, um ator; um homem com sorriso radiante e encantador, um bonitão na pista de dança esperando ser convidado para dançar; um ser excentrico e anormal. Prazer em conhece-lo (a) meu nome é Saymon, Alân Saymon.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

dEpOIs dO fIm, flOrEscEr...

 
   E tudo começou muito antes de que pudéssemos iniciar nossos votos de fidelidade a nós mesmos e a nossos desejos e sobretudo a nossa saúde moral e inteligência emocional, todas as nossas vontades e atitudes talvez impulsivamente impensadas brotaram d'um circulo de relacionamentos descartáveis, dos quais a muito tempo estava exausto, desde a orbita vivaz em que escrevi A.N.I. e hoje percebo que deixei isto passar, confundindo em alguns pontos equilíbrio com a durmência do ser, ser que está, permace e aos poucos cresce junto e com o mundo; ser que continua a crer que a grande essência que move o inexplicavel estar e ser o que se é no mundo esta intrisicamente ligado as suas relações... 

   Ser - e estar no mundo -  é relacionar-se - com o mundo. E quando paro para refletir sobre relações atento-me que envolver-se está entrelaçado a estabelecer vínculos (emocionais) e não rótulos, você pode conhecer alguem hoje, corteja-lo, permitir-lhe um beijo e por muitas vezes sinalizar-lhe que não passarão disto, ou talvez quem sabe num belo - ou infeliz - dia em que bater-lhe a ideia e o desejo de saciar-se de prazer, munido de uma carência irremediavel, vocês se liguem, encontrem-se por mais uma vez, e estabeleçam uma rotina de visitarem-se de vez em quando - no momento em que vossos hormônios os sinalizarem que a carência está para explodir. No entanto, poderíamos nos conhecer hoje quem sabe, nos entre-olharmos, experimentarmos o toque rustico ou suave das mãos um do outro e permitir que a partir de amanha a outra parte seja a primeira pessoa em que se dá bom dia e a ultima a quem se cumprimenta com um boa noite: foi isto que permiti que nos tornássemos nos últimos - quase -  três meses, e é exatamente isto que quero dizer quando exclamo que "relacionar-se está entrelaçado a estabecer-se um vinculo e não um rotulo", e compreendo que para uma das partes e por muitas vezes ate mesmo para as duas, rotular-se é necessário, mas receber um título, não tem valor quando o vinculo emocional criado não é forte o suficiente para manter-lhes juntos (e de forma saudável, acima de tudo). 

   Quando nos conhecemos, lembro que questionei-te sobre o por que daquilo que acreditava ser uma escolha por mim, pois naquele momento bradava na minha mente, que alguem como você poderia estar nos braços carinhosos e amáveis de qualquer outra pessoa... Eu estava enganado quanto a isto, hoje percebo, alem de finalmente convencer-me da irônica razão pela qual "não estamos" efetivamente juntos (risos). 

   Em nossos primeiros flertes parecíamos tão semelhantes que hoje ao minimo deveríamos nos dar muito bem, mas não é isto que acontece, pois na sensata  realidade, somos inteiramente diferentes, e por infelicidade não somos opostos como o vermelho e o azul que quando eclodem-se gozam da satisfação de tornarem-se roxo... 

   Observo casais de amigos próximos e compreendo a razão pela qual muitos não solidificaram suas relações ao longo dos anos de maneira saudavel... Eles talvez precisassem perceber que o sexo que os mesmos acreditavam que iriam desfrutar a noite, depois de um dia exaustivo de trabalho, não iniciava-se no instante em que os mesmos chegavam em suas moradias, trocavam olhares e despiam-se. O ato sexual tomava inicio no boa noite que os mesmos esqueciam de dar-lhes antes de entregaram-se ao sono, tinha continuidade ao bom dia mal-humorado que expressavam na manhã seguinte e permanecia-se ativo ao longo do dia em que mal se falavam, ou sequer se entendiam... 

   O que nos falta por muitas vezes é assumir o controle de nossos feitos e está ai uma difícil tarefa, pelo menos difícil de ser realizada com eficiência, trazendo satisfação para todos ou ao menos para maioria dos envolvidos na situação, mas talvez não consigamos assumir o controle com tanta positividade e otimismo pelo fato de tentarmos controlar algo que esta se desgastando, algo que deixamos desgastar...

    Tentamos assumir o controle quando tudo parece esta saindo de nosso controle, controle que na maioria das vezes nunca foi nosso, pois só percebemos que deveríamos assumi-lo depois que ele esta se desvairando... 

   Assumir o controle é um processo continuo: inicia-se muito antes do começo e prolonga-se por metragens infinitas daquilo que acreditamos ser o fim, mas que na verdade não é, pois neste caso, depois do fim, se floresce, para um novo ciclo, em que por muitas vezes, mais uma vez, não assumimos o controle... 

E em que razão chegaremos no meio disto tudo? 

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